Prestes a completar 2 meses do fim do sinal analógico na Cidade de São Paulo, o descarte irregular de televisores ainda preocupa autoridades e trabalhadores do setor
Crédito: Oslaim Brito/Veja SP |
A medida, antes mesmo de ser definida, já preocupava autoridades e trabalhadores de cooperativas especialmente por um motivo: o descarte dos televisores. A preocupação tem fundamento. Segundo o relatório de 2014 da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil produziu 1,4 milhão de toneladas de lixo. Atualmente, o país é o maior gerador de lixo eletrônico da América Latina.
''Equipamentos eletrônicos, principalmente os antigos, podem liberar materiais como mercúrio, cádmio, cobre, cromo, entre outros, que, descartados em aterros não licenciados, podem contaminar o solo, atingir o lençol freático e causar grandes impactos ao meio ambiente e, consequentemente, ao ser humano'', afirma Alex Pereira, presidente da Coopermiti, cooperativa especializada em descarte de lixo eletrônico.
A TV analógica é o modelo de televisão mais simples e precisa de uma antena para funcionar, uma vez que faz transmissões através de ondas eletromagnéticas contínuas. Enquanto os televisores antigos precisam de conversor e antena digital para conseguir sintonizar os canais, os novos já vêm com a tecnologia embutida na fabricação da televisão. Para conseguir assistir usar o aparelho, muitas famílias tiveram que optar entre comprar um novo aparelho já compatível ou adquirir o conversor e a antena digital, que também foi distribuído através de programas sociais do Governo, como os inscritos no Bolsa Família.
O local ideal para o descarte de aparelhos eletrônicos, como pilhas, baterias, televisores e computadores, é uma cooperativa especializada na prática. O deputado Hélio Nishimoto (PSDB) é autor do Projeto de Lei 821/16, que planeja instituir a Semana de Conscientização e Orientação sobre Reciclagem e Descarte de Produtos Eletrônicos no Estado, acredita que o projeto em tramitação deva ser aprovado para que o cidadão compreenda a importância do descarte correto e reaproveitamento de produtos eletrônicos para o meio ambiente a pequeno e a longo prazo.
Seguindo determinações da ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações, um site foi desenvolvido pela SEJADIGITAL para dar suporte as dúvidas do consumidor e orientações, seguidas do endereço de cooperativas especializadas, para descarte próximo ao seu endereço. Acesse: www.sejadigital.com.br